25/04/2023

   1. A Nova Direita repudia a estranha controvérsia levantada a propósito da visita a Portugal do Presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva. O Brasil é uma prioridade absoluta da política externa portuguesa: todo e qualquer presidente brasileiro, independentemente da filiação ideológica, é bem-vindo a Lisboa. Como bem lembra o caso feliz da Embraer, cujo investimento em Portugal conduziu ao surgimento de um potente sector aeronáutico que emprega hoje milhares de portugueses e vale quase 2% do PIB, o Brasil, além de país-irmão e nação maior da Portugalidade, é uma oportunidade imensa para nós. Nele reside, ou pode residir, o principal contrapeso à economicamente débil União Europeia. Colocar em causa essas relações por mera ideologia é um desserviço a Portugal e ao interesse português.

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   2. Parecerá especialmente grave que um dos motivos invocados para as críticas à visita oficial do Presidente do Brasil tenha sido a posição favorável de Brasília a negociações de paz sobre a Ucrânia. Esa posição, longe de ser uma excentricidade, é a da larga maioria das nações do mundo, além de ser a plasmada, também, no Artigo 7º da Constituição da República portuguesa. Como Brasília, a Nova Direita considera igualmente que a paz, a diplomacia  e o cessar-fogo são a única solução para a crise ucraniana, a única que salva vidas e a única que convém à Europa e ao mundo.

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   3. Entre outros objectivos, tem a Nova Direita o de devolver seriedade e sentido de serviço  ao interesse nacional à política portuguesa. Lamentamos toda a politização oportunista, para fins partidários, de matérias que devem, pela sua transcendental importância para o país, estar acima das querelas do dia-a-dia mediático.